CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO

Saiba tudo sobre o golpe do boleto falso e não seja a próxima vítima.

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O golpe do boleto falso ocorre no setor financeiro há cerca de 10 anos, com as mais variadas formas e artimanhas.

Ele é aplicado tanto em empresas, como em pessoas físicas, e é apenas mais uma das muitas fraudes que temos na Internet.

Neste artigo vamos falar de como funciona o golpe e sobre alguns procedimentos de segurança da informação, para evitar esta armadilha.

 

O GOLPE

A empresa recebe um boleto de cobrança através dos Correios, e-mails, Whatsapp ou acessa o documento através de um site na Internet.

Efetua o pagamento, acha que está tudo certo e depois de algum tempo recebe uma mensagem de cobrança informando que o boleto não foi pago.

Ao verificar descobre que pagou um boleto falso.

golpe consiste em alterar a linha numérica e o código de barras, para enviar o valor pago para uma outra conta e muitas vezes para outro banco.

Os dados no corpo do boleto são reais, mas os dados da linha numérica, que é informação mais importante no momento do pagamento, são falsos.

Muitas vezes o código de barra também é alterado ou fica inelegível, para forçar a digitação da linha numérica.

 Vamos falar aqui dos golpes mais comuns que ocorrem na atualidade, uma vez que estes golpes estão evoluindo ao longo dos anos e alguns nem são mais utilizados por serem de fácil detecção.

O computador do emitente do boleto pode ter instalado, sem o emitente saber, um programa que realiza a adulteração dos dados do boleto.

O boleto é enviado o para o cliente com dados adulterados.

Outra forma é um hacker ter acesso aos e-mails do emitente, interceptar a mensagem que contém o boleto, alterar, e reenviar o boleto, se passando pelo emitente.

O cliente pode receber um boleto autêntico e o mesmo ser adulterado no computador do cliente, por programa ilícito que realiza esta tarefa.

Pode acontecer, na realização de uma compra on-line, onde o cliente clica em um link fornecido pela loja para gerar o boleto e o mesmo ser um link falso.

Este link pode ter sido alterado no computador do cliente ou a loja ter sido vítima de um hacker e o link ser sido alterado no site da própria loja.

Outra possibilidade é o cliente se valer de sites de atualização de boletos, que na verdade são armadilhas.

Neste caso o cliente possui um boleto vencido e quer atualizar, procura um site no Google e gera um boleto atualizado por um site falso.

A recomendação é, use sempre o site do banco para este tipo de operação ou entre em contato com o emitente do boleto.

Outra modalidade de golpe que tem sido comum é o golpista se apresentar como sendo representante de uma empresa, normalmente operadora de cartões de crédito, tv a cabo, telefonia, etc.

E passa a oferecer um desconto muito vantajoso, quando a vítima percebe  pagou um boleto de um serviço que nunca vai ter, ou a quitação falsa de uma dívida.

Esse tipo de golpe tem acontecido muito com idosos.

 

As regras de segurança da informação devem ser aplicadas, atendendo pelo menos os requisitos básicos.

Mas, as recomendações são as de sempre, manter antivírus atualizado, treinar funcionários e parceiros quanto as boas práticas de segurança, utilizar firewalls, manter backup atualizado e fora da empresa, etc.

Além disso, a grande maioria das fraudes podem ser identificadas com checagem das informações, algumas verificações no próprio boleto recebido podem ajudar a detectar a fraude.

Todo boleto possui o código do banco no cabeçalho, ao lado da logomarca do banco.

Este código deve ser o mesmo que consta nos primeiros números da linha numérica, se não for, é falso.

Mas, muitas vezes todo o cabeçalho é alterado, e esta checagem de nada adianta.

A informação contida no campo “Nosso Número” deve aparecer na linha numérica, na parte central da linha.

Porém, em golpes mais elaborados isto também pode ser modificado pelo fraudador e o cliente não conseguirá detectar.

Algumas fraudes mais grosseiras apresentam vários erros de português no corpo do boleto, portanto leia atentamente tudo o que estiver escrito.

Após a digitação dos números, os bancos, mostram no monitor os dados do emitente, razão social, CNPJ, etc.

Confira sempre estas informações e compare com os dados que você possui do seu fornecedor.

Entre em contato com seu fornecedor e confirme os dados, principalmente em qual banco foi emitido o título.

Esta confirmação, juntamente com as informações apresentadas pelo banco, na tela do computador, talvez sejam a forma mais eficaz de se evitar este tipo de fraude.

Para evitar que o código de barra seja utilizado, forçando o cliente a digitar a linha numérica, este código apresenta falhas como lacunas e erro de leitura.

Isto também pode ser um indicativo de fraude.

Muitas vezes o cliente recebe o boleto via Correios, em papel, e este também pode vir fraudado.

Todas as recomendações acima são válidas para este tipo de mídia também.

Mas neste caso a má qualidade do papel e da impressão podem ser indicativos de boleto falso.

Se tiver dúvidas, não pague.

Na dúvida não pague.

É preferível pagar juros e multas, se o boleto for verdadeiro, do que pagar o valor total de um boleto fraudado.

 

O Procon informa que problemas como estes são de responsabilidade do banco emissor do boleto.

Porém, existe muita controvérsia sobre esta questão e, muitas vezes, ações judiciais para conseguir ressarcimento são inevitáveis.

 

Febraban está utilizando um sistema que permite o pagamento de boleto vencido em qualquer banco e evita fraude, pois faz uma dupla checagem de dados, comparando dados de emitente e pagador com os registros do banco.

Atualmente este sistema permite pagamento de boletos vencidos de qualquer valor e trazem muito mais segurança para o usuário, desde que a cobrança seja registrada.

Mas as regras básicas de segurança devem ser aplicadas dentro da empresa sempre.

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